IPDJ assinala 50 anos da criação do Fundo de Apoio aos Organismos Juvenis (FAOJ)

Para assinalar os 50 anos da criação do Fundo de Apoio aos Organismos Juvenis (FAOJ), organismo precursor do IPDJ, levou a cabo um programa de atividades no dia 30 de abril, data em que foi publicado em Diário da República o Decreto-Lei 179/74, pela Junta de Salvação Nacional, que tinha como preocupação «estimular o espírito associativo e fomentar a formação democrática e cultural da juventude.»

A celebração começou com a inauguração da exposição «50 ANOS A SER JOVEM: 30 de abril de 1974 - criação do Fundo de Apoio aos Organismos Juvenis (FAOJ)», no Caleidoscópio, em Lisboa, na qual se conta a história das últimas cinco décadas, do caminho trilhado pelas políticas públicas na área da juventude e das respostas e ferramentas que foram sendo proporcionadas às pessoas jovens.

A cerimónia contou com a presença da secretária de Estado Adjunta e da Igualdade, Carla Mouro, da deputada Edite Estrela, presidente da Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto da Assembleia da República, do reitor da Universidade de Lisboa, Luís Ferreira, bem como de todos os elementos do Conselho Diretivo do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ).

«Esta exposição assinala os 50 anos do FAOJ, mas mostra também o papel dos jovens na promoção dos valores democráticos», começou por referir Carla Mouro, ela própria figura de relevo neste percurso da Juventude por ter sido a primeira mulher presidente do Conselho Nacional de Juventude (2002-2008).

«Portugal e os portugueses são extraordinários quando se unem em torno de um objetivo comum, de uma ideia e de uma luta. O 25 de Abril de 1974 é, sem dúvida, um desses momentos de união. O sonho saiu à rua e abriu caminhos para uma nova ideia de sociedade. Nesta construção, nunca será demais salientar o contributo permanente da juventude e da participação no associativismo juvenil, uma participação esclarecida das pessoas jovens na vida coletiva.»

O presidente do Conselho Diretivo do IPDJ, Vítor Pataco, na sua intervenção, começou por salientar o artigo 2.º do referido Decreto-Lei, sobre as atribuições do FAOJ, como «sendo um texto do século XX, mas atual no século XXI. A criação do FAOJ foi, assim, uma consequência natural dos valores emergentes do 25 de Abril de 1974. Foi dado um sinal muito claro à juventude portuguesa que num contexto democrático e de liberdade de associação, a sua voz e a sua ação eram fundamentais no apoio à decisão política, para o qual foram disponibilizados meios financeiros para que mais organizações de jovens se pudessem constituir e desenvolver atividades por si projetadas. O FAOJ foi o primeiro grande mecanismo de diálogo democrático dos decisores políticos com as gerações mais novas.»

A exposição estará aberta ao público no Caleidoscópio todos os dias até 2 de junho, das 10h00 às 19h00 horas, seguindo depois, em itinerância, por todo o país, através das Direções Regionais do IPDJ, com o seguinte calendário:

• DR Norte – Casa das Associações, Porto (de 8 de junho a 6 de julho):
• DR Centro – Sala Polivalente, Coimbra (de 13 de julho a 10 de agosto);
• DR Alentejo – Biblioteca Municipal de Portalegre (de 17 de agosto a 14 de setembro);
• DR Algarve – Galeria de Exposições, Faro (de 20 de setembro a 19 de outubro);
• DR Lisboa e Vale do Tejo – Centro de Juventude de Lisboa, Parque das Nações (de 26 de outubro a 30 de novembro).

As comemorações prosseguiram no Auditório da Faculdade de Medicina Dentária de Lisboa para a entrega dos Prémios «Boas Práticas do Associativismo Jovem», numa cerimónia repleta de simbolismo.

Na impossibilidade de estar presente, a Ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes, deixou uma mensagem em vídeo. Carla Mouro, secretária de Estado Adjunta e da Igualdade, dirigiu-se à plateia referindo a importância da criação do FAOJ, cinco dias após o 25 de abril para «promover a participação cívica dos jovens e com eles criar, a liberdade  e a democracia em Portugal, tal como hoje a conhecemos.» De seguida foram entregues os prémios e menções honrosas desta edição. Conheça as associações premiadas aqui.

No decorrer deste evento atuaram Maria Caetano Vilalobos, com um momento ligado aos 50 anos do 25 de Abril de 1974, a Associação Cultural e Juvenil Batoto Yetu Portugal, que trabalha diretamente com jovens, tendo como convicção que a valorização de raízes culturais é um fator para a consolidação de auto estima e sentimento de pertença. Por fim, o concerto da  Capicua que trouxe muita energia vital e poesia convertida em música.